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Príncipe - prólogo

Enviado por: sopwith - Categoria: Outras

Tudo que eu tinha era minha loja de roupas, meu Civic tunado, um trabalho de freelancer como professor e muito tempo livre pra correr atrás de loucuras. Claro, eu era virgem aos 31 anos de idade, morando sozinho num pequeno apartamento de São Paulo. Mas, decidi partir para uma loucura sem limites, um certo dia, quando uma pequena conversa com duas amigas (que naquele ponto deixaram de ser amigas), ao questionarem minha suposta "liberdade". As duas, casadas e já enfrentando as primeiras crises de relacionamento, queriam me dar lições de moral.

O papinho aconteceu num bar, só mais um papinho de bar. Mais uma dessas conversinhas ridículas de pessoas que não se conhecem por dentro e acham que podem ter algo interessante por fora.

"Mas também... você não se esforça...", disse uma.
"Porquê você não muda sua aparência?", disse a outra.

Como se eu, que já soubesse perfeitamente de moda, precisasse de conselhos. Na verdade, aquela minha veia nervosa já me alertava para a bosta que a sociedade sempre foi. O mundo inteiro se curva diante das mulheres, como se elas dessem tudo ao homens de antemão. Dar o quê? De antemão? Pelo quê? Nós homens é que já nascemos com mil cobranças. Diante dessa ignorância, alguns homens internalizam certos comportamentos e boas maneiras que nem deveriam existir. Depois disso, os homens disponibilizam todos os seus sentimentos, junto com os recursos deste mundo, nas mãos delas. E perdoam todas as "brincadeiras" que elas fazem com eles.

Naquela mesma noite, uma noite calma beirando o final de Novembro, simplesmente decidi empacotar algumas coisas no banco do passageiro e perambular pela cidade. Fui até os locais onde haviam motéis e bati um papo com as garotas nas ruas. Só queria papo mesmo, uns bons conselhos sobre como capitalizar as nojentas inocentes. Encostei o carro numa rua. Desci só usando minhas pantufas e meu pijama xadrez. Uma coisa totalmente atípica, bem nerd mesmo, só para que a atenção de algumas, duas delas, se voltassem para mim. Uma "afro" bem esculpida, trajando um elegante vestido preto com saltos altos. Ao seu lado uma "euro", toda princesinha com um top rosa e um short azul escuro e um tênis branco. Duas beldades que tinham mais valor moral do que qualquer vagabunda que tentei formar amizade na época da escola. Aliás: é possível que um homem tenha mulheres como amigas? Ou são sempre as mulheres que os acusam de estarem tentando "dar" em cima delas? Enfim... cheguei nas duas e comecei uma conversa.

Elas ficaram surpresas com o meu plano. Descer até a Argentina para curtir a vida livre de solteiro que eu tanto merecia. Na verdade, ficaram surpresas com o tanto que eu planejava gastar, pois eu faria a viagem toda por conta própria. Da boca delas, ouvi as verdades mais assombrosas sobre as mulheres comuns do nosso dia-a-dia; todas putas. Elas apenas não descobriram esse poderzinho que o homem sempre falha em desmascarar. Não é ensinado a todos os moleques que eles não precisam se preocupar. Fazem com meninos uma tortura psicológica das mais brutais e nojentas, e chamam isso de "o comportamento que um homem deve ter diante de uma mulher e da sociedade".

Não queria ficar muito tempo por ali. Apenas pedi alguns conselhos sobre o que observar nas fêmeas para explorar melhor o que se passava nas mentes delas. Não havia nada de importante. A diferença entre convencer sua amiga a se tornar sua amante ou pagar uma prostituta era o preço de tudo a longo prazo. Uma prostituta consegue agir conforme um pequeno teatrinho e saciar a vontade masculina, sem exageros. Já as fêmeas do nosso cotidiano? Imprestáveis e infiéis. Elas até conseguiam sentir o meu hormônio, mas tiveram que se contentar apenas com minha imagem e minha breve presença por ali. Felizmente, para elas, os encontros podem ter prévias virtuais, garantindo maior segurança para cliente e fornecedor. Só é uma pena que a maioria dos homens ainda percam tempo com amiguinhas nojentas. Eu era assim, mas aquele dia mudou um pouquinho.

Conhecia algumas delas. Os rostinhos que procuravam roupas mais casuais para frequentar as festinhas, alguns passaram por minha loja, me conheciam de perto. Não tanto para saber quem eu era de verdade. Entrei no meu querido Civic, um jatinho tunado de verdade, e parti em direção à outras partes do sul da América.

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Ficha do conto
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Por: sopwith
Codigo do conto: 21726
Votos: 0
Categoria: Outras
Publicado em: 27/04/2025

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